O interior de São Paulo é rota de três dos quatro projetos de alcooldutos, que, neste momento, estão em fase conceitual no país.
Os corredores de exportação de etanol vão interligar o Centro-Oeste aos principais portos do Brasil.
As regiões de Rio Preto, Ribeirão Preto, Guararema e São Sebastião terão terminais recebedores. Paulínia, recebedor/expedidor; Santos e Rio de Janeiro terão terminais exportadores.
Os projetos são da Brenco, Petrobras e Cosan.
Segundo Rogério Manso, vice-presidente de comercialização e logística da Brenco, as regiões por onde os alcooldutos passarão serão beneficiadas em dois níveis.
“As condições do transporte melhoram e influenciará no ganho do produtor”, diz Rogério.
A estimativa do executivo é de redução entre 15% e 30% no valor pago pelo escoamento do produto quando comparado pelo feito por via terrestre.
Haverá diminuição do tráfego de caminhões pelas estradas e conseqüente melhoria das condições de trafegabilidade das vias e queda no risco de acidentes. Também vai ocorrer redução na emissão de gás carbônico no meio ambiente.
Rogério diz ainda que as maiores cidades serão beneficiadas com geração de empregos e, onde estiverem os terminais, recolhimento de impostos para as administrações municipais.
“A obra será dividida em três ou quatro trechos. Vamos privilegiar os recursos locais tanto em termos de contratações como de compra de materiais”, diz.
Rogério estima que a obra demore um ano e meio para ser concluída. Depois, nos pontos onde os terminais estiverem instalados, serão mantidos técnicos para garantir a eficiência dos equipamentos.
Não há previsão, ainda, do número de empregos nem os cargos criados.
O economista na área de desenvolvimento regional Orlando Bolçone diz que o sistema dutoviário vai mudar a matriz energética das regiões por onde passará.
“A energia elétrica e o diesel darão lugar ao álcool. Possibilitará um uso mais intensivo da energia em especial por empresas, mas também por particulares”, diz.
Outro aspecto destacado por Bolçone é que a região produtora vai conseguir colocar o etanol na ponta ou para exportação por preços mais competitivos. “Os municípios também serão beneficiados com o recolhimento de impostos.”
Fonte: Bom Dia Rio Preto, em 08/06/2008