Álcool e açúcar da região atraem atenção de franceses

As unidades de Olímpia e de Tanabi da Açúcar Guarani receberam ontem 80 acionistas franceses. Eles são da Tereos, cooperativa com experiência na produção de açúcar e álcool a partir da beterraba e de cereais, na França.

A cooperativa também é acionista do grupo Guarani, empresa do setor sucroalcooleiro brasileiro, que tem usinas na região.

Os associados da Tereos conheceram na unidade de Olímpia, o plantio e a colheita manual e mecanizada da cana. Em Tanabi, conheceram o processo de produção do etanol.

O interesse dos franceses no álcool brasileiro se dá às diferenças nas características da matéria-prima. A cana-de-açúcar, ao contrário da beterraba, trigo, sorgo e milho, não é usada diretamente na alimentação humana.

Além disso, o custo de produção do etanol no Brasil é mais abaixo do encontrado em outros países. O período de colheita da beterraba, por exemplo, é de aproximadamente 90 dias, enquanto o da cana se expande por 240 dias.

Para gerar álcool a partir da beterraba também é necessário combustível fóssil. No caso da cana-de-açúcar, o próprio bagaço gera a energia necessária.

Apesar disso, o clima europeu inviabiliza o plantio da cana-de-açúcar. Com produção limitada, parte do açúcar da França é importada de vários países, incluindo o Brasil.

Vantagens e desvantagens
Cana-de-açúcar
• Colheita
A colheita da cana-de-açúcar no Brasil estende-se por cerca de oito meses. Durante todo este tempo, o país produz álcool combustível e açúcar

• Ecológica
Para produzir açúcar e álcool a partir da cana, a energia é proveniente do próprio bagaço usado como combustível

Beterraba
• Colheita
A colheita da beterraba dura cerca de três meses. A safra é insuficiente e exige a importação de açúcar de outros países, entre eles o Brasil

• Produção
Apesar de o álcool ser um combustível limpo, para produzi-lo a partir da beterraba é necessário combustível fóssil

Fonte: BOM DIA
Luís Fernando Wiltemburg
Agência BOM DIA

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