Suécia compra etanol sustentável de usina da região

O Grupo Açúcar Guarani e outras três do setor sucroalcooleiro fizeram a primeira venda de etanol sustentável para a importadora sueca Sekab. O envio da primeira remessa, de 14 milhões de litros, foi feito na segunda-feira.

O contrato, com duração de nove meses, prevê a exportação de 115 milhões de litros de álcool anidro, que será exportado em nove meses. valor do contrato não foi divulgado.

O etanol sustentável é o produzido sob as exigências socioambientais brasileiras. Para isso, as usinas devem seguir preceitos como a redução da emissão de dióxido de carbono, conservação de mata nativa conforme exigido por lei, tolerância zero ao ao trabalho infantil e não regulamentado, e mecanização mínima da colheita.

“Vendem o álcool produzido assim as empresas que admitem praticar tais regras e se submetem a fiscalização”, explica o diretor comercial do grupo Guarani, Paulo José Mendes Passos.

De acordo com ele, a Sekab impôs estas condições para a compra do álcool brasileiro depois que começaram os ataques internacionais ao combustível brasileiro. “Ela quer provar que o etanol que ela compra captura dióxido de carbono acima do que emite”, afirma Paulo José.

A fiscalização do cumprimento das metas será feito por um órgão de certificação internacional, a SGS. A medida deve valorizar o álcool anidro importado entre 5% e 10%.

Saiba mais sobre o produto

Etanol limpo
O etanol sustentável é o álcool anidro combustível produzido sob práticas socioambientais corretas. A empresa sueca Sekab estipulou seis metas que determinam o que é álcool sustentável

Como fazer
O álcool sustentável é produzido respeitando seis metas: redução da emissão de dióxido de carbono, patamares mínimos de mecanização da colheita, compromisso com a conservação de mata nativa, tolerância zero ao trabalho infantil e não regulamentado, respeito aos pisos salariais do setor e adesão e cumprimento das metas estabelecidas pelo Protocolo Agroambiental

Limites
Dentre as exigências estão a emissão de gás carbônico 85% menor em comparação à cadeia de produção da gasolina, 30% da colheita da cana-de-açúcar realizada mecanicamente, com meta de chegar a 100% em seis anos, e o fim das quemiadas até 2014

Fonte: Bom Dia Rio Preto, em 26/06/2008

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