A greve de advertência que o Sindalquim promoveu na porta da Usina Moreno, em Monte Aprazível, na madrugada desta quarta-feira (13/05) foi um sucesso. Reuniu mais de 300 trabalhadores que cruzaram os braços por uma hora e meia para ouvir os dirigentes dos Sindicatos presentes, Sindalquim e da Federação dos Químicos do estado de São Paulo. Por enquanto foi só uma amostra do que pode vir pela frente. Se não nos unirmos agora não vamos ganhar nada. Os patrões estão dizendo que não vão conceder aumento algum. Isso é um absurdo e é bom que saibam que estamos preparados, afirmou o diretor da Fequimfar e do Sindicato de Itapetininga, Jurandir Pedro de Souza. A manifestação começou as 5h30 e terminou às 7 horas.
Em encontros com os Sindicatos do Estado, os usineiros levantaram a possibilidade de não conceder nenhum aumento aos trabalhadores pertencentes ao setor sucroalcooleiro. “Falamos sobre o que estamos ouvindo dos trabalhadores. É bom eles saberem agora o que está acontecendo. Mas não dar aumento aos trabalhadores está fora de questão. Eles continuam tendo muito lucro com a venda do álcool e açúcar e outros derivados que produzem, disse o presidente do Sindalquim, Almir Fagundes. A manifestação se estende em todo o Estado de São Paulo. Nesta terça-feira (12/05), os sindicalistas também realizaram manifesto em Araçatuba, onde paralisaram as atividades numa empresa do setor.
O Sindalquim entregou a pauta de reivindicações do setor sucroalcooleiro para 2009/2010 no dia 23 de abril, para todos os representantes das usinas e destilarias pertencentes à base territorial da entidade. A reposição da inflação relativa ao período de maio de 2008 a abril de 2009 mais 7% de aumento real, foi uma das reivindicações feitas pelo Sindalquim. As negociações do acordo coletivo serão definidas a partir do dia 15 de maio, quando as empresas apresentarão suas propostas ao Sindalquim. Vamos aguardar a proposta do setor patronal agora. Só espero que seja decente, afirmou o presidente do Sindalquim, Almir Fagundes.