O mercado de açúcar, na bolsa de NY, está bastante firme. Evidente que toda essa mudança positiva espelha a demanda do mercado internacional que aproveita os mercados consumidores com preço aquecido e reflete as dificuldades de logística nos portos do sudeste brasileiro.
O mercado físico também continua firme. A questão é que na formação de preços, ou seja, na maneira como os prêmios são construídos, entra de maneira direta, entre outras coisas, o frete marítimo e o quão aquecido está o mercado consumidor final – isto é, o chamado oferta e demanda.
Entra também o demurrage (sobre-estadia do navio), ou seja, quanto que o vendedor (usina ou trading) estima pagar pela demora no carregamento do navio. Com a fila de espera no porto de Santos de mais de 100 navios atualmente, os vendedores correm o risco de ver os polpudos prêmios serem devorados pela conta do demurrage. Assim sendo, se houver necessidade urgente de açúcar, os prêmios terão que subir ainda mais, avalia Arnaldo Luiz Corrêa, gestor de riscos e diretor da Archer Consulting.
Segundo estimativas da Archer Consulting, o volume fixado pelas usinas para a safra 2010/2011 está entre 16,747 e 20,933 milhões de toneladas ao preço médio de 19,78 centavos de dólar por libra-peso. Se estimarmos a exportação brasileira em 25 milhões de toneladas, então as usinas estão fixadas entre 67% e 84%. Houve uma aceleração nesse movimento nas últimas semanas. Os produtores aproveitaram as altas para fixarem mais açúcar, diz Arnaldo.
Fonte: Agrolink, em 28/07/2010