Uma comitiva formada por pesquisadores estrangeiros esteve ontem (29) à tarde em visita à Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) para conhecer as iniciativas e pesquisas ligadas ao desenvolvimento do setor de biocombustíveis, especialmente do etanol. A visita faz parte do projeto Impacto dos Biocombustíveis sobre a pobreza e uso da terra, que conta com financiamento da tradicional Fundação Bill Gates.
Integram o grupo Carl Pray, professor da Universidade de Rutgers; Scott Rozelle, professor da Universidade de Stanford; Siwa Msangi e Yang Jun, pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências; e Danielle Torres, pesquisadora da Embrapa que acompanha a visita no Brasil. O projeto busca entender melhor a dinâmica dos biocombustíveis e eles vieram ao Brasil por toda força que o país em relação ao assunto, observa Danielle.
Eles querem entender como funciona, saber como todo o processo é feito, inclusive em relação aos carros flex fuel, avalia. Os visitantes foram recepcionados no Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) – pavilhão de Economia e Sociologia e depois se encontraram com o vice-diretor da Esalq, Natal Antonio Vello; vice-presidente da Comissão de Cooperação Internacional da USP. Depois, a comitiva apresentou a palestra Impactos dos Biocombustíveis sobre a pobreza na África, Sul da Ásia e China.
Potencial de crescimento
Um dos integrantes da comitiva, o queniano Siwa Msangi destaca o potencial dos países em desenvolvimento em relação ao uso dos biocombustíveis. Para o pesquisador, países como o Brasil e a Índia contam com tecnologias de destaque para o processo produtivo. Viemos exatamente para entender melhor sobre todo o aparato tecnológico que possibilita o crescimento de um setor em expansão, disse, em inglês, aos jornalistas. Os pesquisadores também buscam entender os benefícios e/ou malefícios para o meio ambiente no comparativo com o uso de combustíveis fósseis como o petróleo. O que o Brasil e outros países em desenvolvimento necessitariam, na avaliação de Msangi, é formar uma rede de integração que organize todo o processo de uma forma global, potencializando os pontos fortes do setor. O Brasil, por exemplo, tem toda a força do setor de agronegócio, com muitos investimentos e estudos.
Fonte: Felipe Rodrigues, em 30/07/2010