A ETH Bioenergia, empresa do grupo Odebrecht que vai disputar o leilão de fontes alternativas, tem sondado usinas de etanol e açúcar para aquisições. Segundo Luiz Pereira de Araújo Filho, diretor de sustentabilidade da ETH, ainda não há contratos formais com empresas, mas alguns acordos de confidencialidade foram assinados entre a ETH e usinas para analisar possíveis negócios. Nesse setor se ganha no volume e há muito espaço para consolidação, diz Araújo.
Criada há pouco mais de três anos, a ETH investiu R$ 3,8 bilhões na construção de cinco usinas cogeradoras de energia. Em abril, a companhia concluiu a união de seus ativos com a Brenco, somando quatro projetos de usinas à operação. Nesta semana, a ETH coloca em operação a primeira usina da Brenco. Uma segunda deve ser concluída em novembro. Serão sete usinas em operação até o fim do ano. Devemos chegar em 2012 com até dez usinas em operação, cenário que inicialmente estava projetado para 2016, afirma Araújo.
Com a meta de liderar a produção de etanol e energia a partir da biomassa, a ETH quer atingir a capacidade de moagem de 40 milhões de toneladas de cana a partir de 2012, geração de 3 bilhões de litros de etanol e 2.700 GWh de energia elétrica. Com um aporte de R$ 1,15 bilhão, realizado pelo BNDES em 2008, a ETH projeta que a expansão nos próximos anos vai consumir mais R$ 3,5 bilhões.
Sobre a disputa das usinas de biomassa com as demais fontes alternativas, Araújo diz que falta um tratamento diferenciado para o setor por parte do governo. Cabe regulamentação melhor sobre a carga tributária e tarifação. (AB)