A Petrobras quer produzir o chamado álcool de segunda geração para elevar a produção do biocombustivel. Para isso, firmou acordo com a americana KLE(KL Energy) para desenvolver tecnologia para fabricar, em escala industrial, álcool celulósico – obtido pela celulose- a partir do bagaço da cana.
Estima-se que o aproveitamento do bagaço eleve em até 40% a produção de uma unidade de fabricação de álcool.A produção atual da estatal é de 886 milhões de litros. Em 2014, a projeção é que alcance 2,6 bilhões.
Está condicionada ao sucesso do desenvolvimento da nova tecnologia a construção de uma usina de álcool celulósico no Brasil, que funcionaria a partir de 2013 e seria integrada à usina de cana.
Esse álcool ainda é não é desenvolvido em escala industrial, e a Petrobras espera ser pioneira.”Há apenas testes.Queremos manter a vanguarda tecnológica na área de biocombustiveis”, afirmou João Noschang, gerente de gestão tecnológica da Petrobras Biocombustiveis.
A primeira geração é o aproveitamento de álcool a partir do caldo da cana. O bagaço, que seria jogado fora, ou utilizado para outros fins serviria então para produzir mais álcool, “ sem necessidade de aumentar o plantio”, disse Noschang.
A petrolífera vai destina US$ 6 milhões para adaptar as instalações de demosntração da KLE, na cidade americana de Upton, no estado de Wyoming.Outros US$ 5 milhões pagarão royalties de propriedade intelectual.
O contrato é de 18 meses e prevê exclusividade mútua na área de desenvolvimento.A Petrobras terá licenciamento para utilizar tecnologia no Brasil, e já faz estudos para desenvolver o álcool a partir do bagaço em seu centro de pesquisas, no Rio.
“A demonstração que já temos vai acelerar o desenvolvimento”, explicou Peter Gross, presidente da KLE.
Em seis meses, poderão ser feitos testes em escala maior, estimou.
Fonte: Udop, em 24/08/2010