Depois de bater recorde no ano passado, a venda de álcool hidratado caiu em 17,4% no primeiro semestre no país, em relação ao mesmo período de 2009. Nos primeiros seis meses deste ano, o total vendido foi de 6,652 milhões de metros cúbicos, diante de 7,810 milhões de metros cúbicos vendidos de janeiro a junho de 2009.
A redução contrasta com o crescimento constante que o comércio de álcool hidratado vinha tendo desde 2003, quando saiu de 3,245 milhões de metros cúbicos, chegando a quintuplicar o volume no ano passado. Em 2009, a venda interna do produto atingiu 16,470 milhões de metros cúbicos, representando uma alta de 23,9% em relação a 2008, que foi de 13,290 milhões de metros cúbicos.
Para o superintendente-adjunto de Pesquisa e Planejamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Ney Cunha, a queda no consumo se deve à alta de preços, provocada pela maior exportação de açúcar e pela formação de estoques pelos produtores. Quando o açúcar estiver mais vantajoso para o usineiro no mercado internacional, ele vai fabricar mais. E os usineiros se organizaram para fazer estoques de álcool. Se o preço não estiver bom, não vendem. Se não ofertam o produto no mercado, o preço tende a aumentar, diz.
Fonte: Agência Brasil, em 15/09/2010