Crescem lojas de conveniência em postos de gasolina

Em busca de melhores margens de lucro, postos de gasolina vêm investindo em lojas de conveniência, que apresentaram crescimento médio acima dos 10% nos últimos três anos.

O país deve fechar 2011 com quase 7.000 lojas de conveniência nos postos. No final de 2015, a estimativa é que estarão em funcionamento pouco mais de 10 mil estabelecimentos do gênero.

Até dezembro de 2010, o país tinha 6.153 lojas em postos de gasolina. Isso significou avanço de 12% ante o total verificado em 2009.

Há pouco mais de 35 mil postos no país, o que mostra que ainda há bastante espaço para novas lojas.

"A margem bruta com a venda de combustíveis não passa de 10%. É baixa, já esteve perto de 20%. Então, os postos têm que descobrir novos serviços", afirma Pedro Paulo Batista, diretor de patrimônio do Sindcomb-RJ (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Rio).

O forte crescimento do mercado atrai cada vez mais novos "players".

Nos últimos cinco anos, grandes redes varejistas que têm postos de gasolina, como Walmart e Lojas Americanas, passaram a investir em lojas em postos.

 

PARADA PARA ABASTECER

Marcas de fast food como Bob's e Spoleto também partiram para os postos de gasolina, atraídas pelo incremento das vendas do varejo e pelo aumento da frota de carros.

As vendas médias das lojas em postos cresceram acima dos 50% em 2010.

Para Flavio Franceschetti, consultor do Sindicom, "a mentalidade de 'ter loja só para ter', que provocou o surgimento de simulacros de loja, está sendo superada pela de 'ter loja para se diferenciar'". Os preços também caíram, avalia.

Abertas há 25 anos, essas lojas cobravam mais caro do que pequenos mercados e padarias de bairro.

"Hoje, as lojas já olham padarias como concorrentes."

 

Deixe um comentário