Maior fiscal do FGTS deveria ser o trabalhador

Há um ano e meio, o comerciário Rosival Gomes Dias, de 38 anos, foi demitido sem justa causa da empresa na qual trabalhou por cerca de dois anos. Na hora de sacar o FGTS, Dias descobriu que a empresa só tinha depositado o valor referente a um mês de trabalho. Pior, estava sem receber salários fazia cinco meses.
 
O trabalhador recorreu à Justiça, por meio do sindicato da categoria em São Paulo, na tentativa de recuperar um valor calculado em R$ 12 mil, referente a salários e FGTS devidos. Há seis meses, Dias aceitou um acordo em que a empresa se comprometeu a pagar R$ 8 mil em 16 parcelas mensais de R$ 500 cada uma.
Casos como o do comerciário ocorrem aos milhares no Brasil. São poucos os trabalhadores que acompanham de forma periódica se o FGTS está sendo depositado como manda a CLT.
Maior interessado em que o dinheiro seja depositado de forma correta, o trabalhador deveria ser também o maior fiscal do FGTS."Em 99% dos casos, só ficamos sabendo das irregularidades quando o trabalhador é demitido", diz Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo./ M.R.
 

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