O brasileiro que tem carro e abastece com álcool já notou que o preço do combustível subiu no início de novembro. O litro passou de R$ 2 para R$ 2,01, em média, nos postos do país e, agora, o etanol só leva vantagem em relação à gasolina em Goiás. As informações são do levantamento semanal de preços da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgada nesta segunda-feira (7).
A pesquisa de preços leva em conta os valores coletados entre os dias 30 de outubro e 5 de novembro em cerca de 8.000 postos espalhados pelo país.
Em Goiás, os motoristas encontram o álcool a R$ 1,94 e a gasolina por R$ 2,85, em média – o que dá uma relação de 68,1%. Ao lado dos goianos, paulistas e paranaenses (R$ 1,99) são os únicos a pagar menos de R$ 2 pelo litro de álcool.
O álcool mais barato do país está em São Paulo, onde o litro vale R$ 1,87. Já a gasolina sai por R$ 2,66 nos postos paulistas, o que gera uma relação de 70,4%. Isso quer dizer que os preços estão relativamente equilibrados e o motorista pode escolher tanto o álcool como a gasolina – não há vantagem.
A escolha do combustível também é indiferente para os condutores do Tocantins e do Mato Grosso. Os primeiros acham o álcool por R$ 2,07, em média, enquanto os mato-grossenses pagam cerca de R$ 2,11 pelo litro do combustível.
De acordo com especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando seu preço representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor ao etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina.
Em outras palavras, basta dividir o preço do álcool pelo da gasolina. Se o número for maior que 0,7, compensa a gasolina. Se for menor, melhor abastecer com álcool.