O desemprego brasileiro caiu para 5,8% em outubro, ante 6% em setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (24).
Foi a menor taxa desde dezembro e a menor leitura para um mês de outubro da série histórica em 2002.
Essa estimativa foi considerada estável, tanto em relação a setembro (6,0%), quanto a outubro do ano passado (6,1%).
A população desocupada (1,4 milhão de pessoas) ficou estável tanto em relação ao mês anterior, quanto em comparação com outubro do ano passado. A população ocupada (22,7 milhões) não apresentou variação em comparação com setembro.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,1 milhões) cresceu 7,4% em relação a outubro do ano passado, representando um adicional de 765 mil postos de trabalho.
O rendimento médio real habitual (R$ 1.612,70) também não variou na comparação com setembro e permaneceu estável em relação a outubro do ano passado.
Pesquisas diferentes
Diferentes levantamentos medem o desemprego no país. Os números do IBGE, por exemplo, são bem menores que os do Dieese/Seade.
As divergências ocorrem por causa das metodologias diferentes adotadas. A principal delas é que o IBGE mede apenas o desemprego aberto, ou seja, quem procurou emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa e não exerceu nenhum tipo de trabalho -remunerado ou não- nos últimos sete dias.
Quem não procurou emprego ou fez algum bico na semana anterior à pesquisa não conta como desempregado para o IBGE.
O Seade/Dieese também consideram o desemprego oculto pelo trabalho precário (pessoas que realizaram algum tipo de atividade nos 30 dias anteriores à pesquisa e buscaram emprego nos últimos 12 meses) e o desemprego oculto pelo desalento (quem não trabalhou nem procurou trabalho nos últimos 30 dias, mas tentou nos últimos 12 meses).