O preço do litro de etanol voltou a cair em postos de Rio Preto e ontem podia ser encontrado por até R$ 1,799 em alguns estabelecimentos visitados pelo Diário. Também houve redução no valor cobrado pela gasolina, fixado ontem em até R$ 2,599 o litro. O novo valor mínimo do álcool, praticado em postos na Zona Norte do município, implica em uma redução de 4% em relação ao verificado na semana passada, ao passar de R$ 1,877 para R$ 1,799. Os preços estão sujeitos a alterações a qualquer momento, sem prévio aviso.
Paralelamente à redução do preço do etanol, a gasolina também recua. De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), houve queda de 0,7% no preço médio, entre os dias 4 e 11 deste mês. O valor do litro passou de R$ 2,770 para R$ 2,748. Pelo novo valor mínimo para a gasolina (R$ 2,599), o álcool é competitivo se custar até R$ 1,819, valor equivalente a 70% do derivado do petróleo.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sincopetro) de Rio Preto, Roberto Uehara, a redução vem ocorrendo antes do previsto e, com o andamento da safra da cana-de-açúcar, esse movimento deve se estabilizar. "Isso porque não há produto sobrando no mercado interno e os prognósticos são de uma safra menor neste ano." Uehara afirma que o menor valor da gasolina também está ligado ao etanol. Apesar do aumento da competitividade do etanol em Rio Preto, o consumidor continua optando pelo derivado de petróleo. De cada dez consumidores, seis ou sete abastecem com gasolina. "O consumidor precisa ver o que é mais viável para seu carro, o que compensa mais", afirma.
A redução nos dois combustíveis se deve à retração do preço do etanol nas usinas no último mês, entre 13 de janeiro e 10 de fevereiro. Para o hidratado, segundo o indicador Cepea/Esalq, a queda foi de 11,5%, ao passar de R$ 1,2240 para R$ 1,0829. O preço do etanol anidro, que é misturado ao etanol, registrou queda de 13,8%, ao passar de R$ 1,3350 para R$ 1,1563 no período citado.
Segundo Sérgio Prado, representante da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) em Ribeirão Preto, a tendência de queda vem ocorrendo desde antes do fim do ano e reflete a retração no consumo do combustível. "O produto existente ficou além do que o mercado está consumindo." Prado afirmou que os postos estão repassando a redução agora, mas a mesma já começou a frear entre os fabricantes de etanol. "O varejo tem uma velocidade de venda diferente em função das vendas e de seu estoque de produto."