"Os Químicos da Força, que representam a bancada dos trabalhadores nas indústrias farmacêuticas do estado de São Paulo consideram decepcionante a proposta patronal referente a Campanha Salarial e Social da categoria"
As discussões entre as bancadas dos trabalhadores e patronal, referentes a primeira rodada de negociação da Campanha Salarial e Social do setor farmacêutico, realizada nesta quarta-feira, dia 21 de março de 2012, na sede do Sindusfarma, em São Paulo, terminou em razão de uma proposta insatisfatória às reivindicações da categoria, feita pelos representantes patronais.
Os dirigentes da FEQUIMFAR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo), entidade filiada a Força Sindical, e de seus sindicatos filiados, que representam cerca de 15 mil trabalhadores no setor, em todas as regiões do estado de São Paulo, consideram decepcionante a proposta dos empresários.
Categoria mobilizada em repúdio a proposta patronal
"A proposta patronal não corresponde às reais necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras nas indústrias farmacêuticas do estado de São Paulo. Nos próximos dias estaremos levando o posicionamento da bancada patronal, para todos trabalhadores da base do setor farmacêutico. Em relação ao quadro atual de negociação, Sendo que a partir da próxima segunda-feira, dia 26 de março, estaremos dando inicio a uma série de manifestações e paralisações de advertência e conscientização, como forma de repudio e decepção com a proposta patronal"
Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da FEQUIMFAR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo)
Momento favorável para reposição salarial.
"Temos um momento econômico favorável para ampliação da participação do trabalhador na renda nacional. O faturamento e a produtividade das indústrias farmacêuticas estão em franca expansão, de 2010 para 2011, o faturamento subiu 18,8%, que representa um faturamento líquido de R$ 43,03 bilhões, sendo assim, nossa luta é para que os trabalhadores e trabalhadoras recebam a sua parte. Ressaltamos também que rotatividade no emprego dos trabalhadores do setor, gerou uma redução de mais de 19% nos salários dos trabalhadores admitidos e demitidos ".
Antônio Silvan Oliviera, diretor da FEQUIMFAR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo) e presidente da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico).
Mais respeito às reivindicações da categoria
"Nossa expectativa é de que a bancada patronal reavalie a proposta, pois, os trabalhadores da base não irão aceitar que suas reivindicações, referentes ao reajuste e reposição das perdas salariais, entre outros direitos, sejam desrespeitadas e, colocadas em segundo plano".
Edson Dias Bicalho, secretário geral da FEQUIMFAR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo)
Nossas principais reivindicações são:
Reajuste salarial com aumento real + INPC (inflação do período); Piso salarial digno; PLR; Acesso gratuito aos medicamentos para os trabalhadores e seus familiares. Representando cerca de 15 mil trabalhadores em todo o estado de São Paulo, distribuídos nas indústrias farmacêuticas, a FEQUIMFAR e seus Sindicatos filiados iniciaram a Campanha Salarial e Social em fevereiro, quando foi realizado o Seminário de Negociação Coletiva, para discussão e elaboração da pauta de reivindicações. Em seguida, a pauta foi entregue aos representantes patronais, SINDUSFARMA, no dia 7 de março.
A data-base do setor farmacêutico é 1º de abril