Jacyr Costa, presidente da Guarani, está mais otimista neste ano. Durante evento em Barretos nesta sexta-feira (30/3), o executivo anunciou que a empresa espera ampliar em 13% o processamento de cana-de-açúcar.
A expectativa é moer 18,3 milhões de toneladas da matéria-prima frente as 16,3 milhões de toneladas da safra 2011/12.
Porém, a previsão está longe do objetivo da empresa, que espera ampliar para 23,5 milhões de toneladas até 2015.
"O resultado ainda está aquém da nossa meta. Vamos investir cerca de R$ 225 milhões nesta safra para ampliar o plantio", disse.
O investimento será feito no plantio de 51 mil hectares de canaviais, sendo 33 mil hectares de renovação e 17 mil hectares de expansão.
"Estamos investindo na renovação e ampliação dos canaviais para recuperar parte da perda das últimas safras, provocada pelas mudanças climáticas, e aumentando a nossa produtividade para ter maior disponibilidade de matéria-prima e aumentar nossa competitividade", afirma Jaime Stupiello, diretor agrícola da Guarani.
O diretor também destacou que a expectativa para a safra é chegar em 90% de mecanização na cana própria.
Problemas
Segundo Luiz Carlos Correa Carvalho, diretor da Canaplan, a nova safra possui uma herança pouco positiva para os produtores.
"Nível de praga maior, baixa renovação, impactos do florescimento e colheita desfigurada são alguns dos problemas enfrentados", destacou.
Segundo ele, na safra 2011/12 houve uma perda de 128 milhões de toneladas de cana e um prejuízo que chega a R$ 8,797 milhões.
"Em nove anos, só o estado de São Paulo teve sua produtividade reduzida em 25%", destacou.
Expansão
Recentemente, a Guarani fez a aquisição de 35% do terminal de Paranaguá pelo valor de R$ 18 milhões. De acordo com o presidente da empresa, não existe uma intenção de ampliar essa participação atualmente.
"O investimento foi feito com recursos próprios da empresa, com foco em melhorar nossa logística. Estamos satisfeitos com a participação que temos", destacou Costa.