O vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Carlos Ferraz, informou nesta terça-feira (3) que a perspectiva da instituição para os desembolsos é de R$ 145 bilhões a R$ 150 bilhões neste ano.
Para isso, segundo ele, o aporte adicional de R$ 45 bilhões do Tesouro Nacional, também anunciado nesta terça, será necessário para fechar a conta dos recursos necessários para fazer frente aos empréstimos (funding).
"Com os retornos [dos empréstimos concedidos], com o FAT constitucional e com as captações locais e no exterior, a soma destes valores é alguma coisa em torno de R$ 100 bilhões. A demanda por recursos é de R$ 145 bilhões a R$ 150 bilhões. Portanto, faltariam recursos", explicou Ferraz.
O vice-presidente do BNDES informou que a previsão de desembolsos para este ano não contempla aumento em relação aos últimos dois anos. "Segue a orientação do governo de estabilização dos desembolsos do BNDES. Em 2010, tirando Petrobras, e em 2011, está na ordem de R$ 140 bilhões", declarou ele.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, informou mais cedo que o Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI), vigente desde 2009 com juros subsidiados pelo governo federal, será estendido de 2012 para o final de 2013. Segundo ele, as taxas de juros também foram reduzidas para algumas modalidades de crédito.
O presidente do BNDES informou que foram disponibilizados R$ 6,5 bilhões adicionais para equalização das taxas de juros pelo governo federal – recursos que serão repassados ao BNDES conforme as contratações forem acontecendo.