Representantes do servidores federais em greve se encontram nesta segunda-feira, 20, com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, para negociar as reivindicações e o fim das paralisações do funcionalismo público.
Mendonça já havia se encontrado com os enviados da Confederação dos Servidores Públicos Federais (Condsef) na sexta-feira e no sábado, mas os sindicalistas afirmaram que as reuniões "não resultaram em avanços".
O governo vem fazendo negociações em separado com algumas categorias. Na terça-feira, 21, está prevista nova reunião é com servidores da Polícia Federal. Os delegados e peritos, que não fizeram greve, estão entre as categorias que receberam proposta de reajuste de 15,8%.
A greve já dura três meses e tem a adesão de 850 mil servidores públicos federais. O movimento ocorre de forma parcial em todos os estados e no Distrito Federal. O dia 31 de agosto é a data-limite para que o Executivo envie decreto ao Legislativo com a previsão orçamentária da folha dos servidores para 2013. Por isso, a pressão deve continuar.
No domingo, o presidente da Condsef, Josemilton Costa, disse que a paralisação não deve ser solucionada imediatamente, uma vez que o governo não deve rever a proposta de reajuste de 15,8% a curto prazo. "Não é possível a suspensão imediata da greve mesmo que o governo faça uma contraposta melhor, pois os resultados das reuniões têm que ser levados às bases nos Estados e uma resposta só é possível em um espaço de três dias, depois que as assembleias tomam a decisão", explicou.