O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) vai construir uma planta em Piracicaba (SP) para pesquisar o aproveitamento do bagaço de cana na produção de etanol por meio do processo de gaseificação de biomassa.
A estatal, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, está em negociação com o BNDES para obter recursos para o projeto, orçado em R$ 80 milhões.
Os recursos seriam destinados a pesquisa.
A obra deverá ficar pronta em princípio em 2015.
O BNDES não entrará como financiador da planta. Os recursos ficarão no IPT, afirma o novo presidente do instituto de pesquisas, Fernando Landgraf.
"O desafio é baixar o custo pela metade para viabilizar o processo de gaseificação para o etanol", diz.
"Nosso foco não é hoje, quando até falta bagaço, mas a década de 20. A produção de cana continuará crescendo e o petróleo subindo de preço", afirma.
Landgraf projeta expansão de cerca de 25% também nas parcerias da estatal com companhias privadas. O IPT atende em média 4.000 empresas por ano.
Após a inauguração do laboratório de bionanomanufatura no mês passado, 30 empresas procuraram o instituto para pesquisar materiais em dimensões milhares de vezes menores que a espessura de um fio de cabelo.
"O IPT avalia as propostas para iniciar as parcerias, mas os interessados são sobretudo dos setores de cosméticos e farmacêuticos, a maioria, brasileiros."