O ministro Guido Mantega (Fazenda) e a presidente da Petrobras, Graça Foster, indicaram ontem que o preço da gasolina pode subir, mas não deram deram detalhes.
Questionado sobre o assunto, Mantega afirmou que "no momento certo haverá atualização" dos preços.
Foster, por sua vez, disse que o aumento para o ano que vem não está descartado.
"Evidentemente que se espera um aumento. O aumento não esta descartado definitivamente. Mas não temos confirmação exata nem previsão", disse a presidente, em evento no Congresso.
Segundo reportagem publicada na edição de ontem da Folha, a estatal pleiteia reajuste de 12% a 15% do diesel e da gasolina em 2013.
Nos planos da estatal, a dúvida seria se o aumento viria em fevereiro de uma vez só ou se seria dividido em dois, em fevereiro e em agosto.
O objetivo dos reajustes é aumentar a receita da estatal, afastando o risco de interrupção de investimentos e obras.
Mantega e Foster, no entanto, fizeram coro para afastar as dúvidas do mercado sobre a saúde financeira da Petrobras. Ambos afirmaram ontem que a empresa não enfrenta problemas de caixa.
"Estamos muito bem com o caixa. A depender do comportamento do Brent [petróleo negociado na Bolsa de Londres] e do câmbio, a necessidade se torna maior", afirmou ela.
Graça Foster também afirmou que uma alta do dólar superior à atual cria a necessidade de subir o preço.
Segundo ela, a Petrobras realizou neste ano o maior investimento de sua história. A recuperação da produção reforçará o caixa, observou.
"Nos últimos três dias batemos 2 milhões de barris novamente."