Os paulistanos já estão pagando 3,8% mais pela gasolina. Essa alta é consequência da liberação, pelo governo, do reajuste de 6,6% do produto para as refinarias.
No embalo da elevação da gasolina, os postos também reajustaram o preço do álcool hidratado, em 2,2%.
Os postos praticamente já repassaram para a gasolina o percentual de 4% esperado pelo governo.
O reajuste ao consumidor deverá ser menor do que o liberado pelo governo. À gasolina da refinaria é acrescentada uma mistura de 20% de álcool, de menor valor.
A partir de maio, a mistura de álcool anidro na gasolina volta aos 25%, percentual que vigorou até 2011, ano em que houve redução na oferta de álcool.
A alta de preço da gasolina fez o álcool ficar mais competitivo para o consumidor paulistano. O valor do derivado de cana equivale, agora, a 68,8% do da gasolina.
Pesquisas indicam que, dependendo do modelo do carro, esse percentual de paridade de preço entre os dois combustíveis é vantajosa para o álcool.
Os novos preços praticados pelos postos de abastecimento são de R$ 2,749, em média, para a gasolina e de R$ 1,891 para o etanol, segundo pesquisa semanal da Folha em 50 postos da capital paulista.
Em plena entressafra, as usinas também reajustaram o álcool hidratado nesta semana. O preço médio do produto foi a R$ 1,1620 por litro na porta da usina, 1,3% mais do que na anterior.
Já o etanol anidro –o que vai misturado à gasolina– teve queda de 2,1% nos preços nesta semana, para R$ 1,3296 por litro.
Esses valores constam de acompanhamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e não contêm impostos.
O álcool hidratado teve reajuste acumulado de 2,4% nas usinas neste ano, enquanto o anidro teve queda de 0,3% no período, segundo dados do Cepea.
O diesel, cujo reajuste liberado pelo governo para as refinarias foi de 5,4%, teve alta de 4,6% nos postos de São Paulo nesta semana, mostra a pesquisa da Folha.