Após período de queda, juros ao consumidor sobem em janeiro

As taxas de juros cobradas das famílias ficaram em 24,6% ao ano, em janeiro, com alta de 0,3 ponto percentual em relação a dezembro. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (26) pelo Banco Central (BC).

No caso das empresas, a taxa de juros ficou em 13,9% ao ano, alta de 0,6 ponto percentual na comparação com o mês anterior. A taxa média de juros, para empresas e pessoas físicas, chegou a 18,5% ao ano, aumento de 0,5 ponto percentual no mês. Essa taxa média geral subiu depois de dez meses seguidos de queda.

O estoque total de crédito no Brasil ficou estável em janeiro ante dezembro, chegando a R$ 2,367 trilhões, ou 53,2% do PIB (Produto Interno Bruto).

O spread, diferença entre taxa de captação dos recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes, ficou em 18 pontos percentuais para as pessoas físicas, com aumento de 0,3 ponto percentual. No caso das empresas, o spread chegou a 7,8 pontos percentuais, com alta de 0,8 ponto percentual em relação a dezembro.

Inadimplência fica no menor patamar desde dezembro de 2011
A taxa de inadimplência, considerando os atrasos há mais de 90 dias em todas as operações de crédito do sistema financeiro (livre e direcionado), ficou estável em 3,7% entre dezembro e janeiro, no menor patamar desde dezembro de 2011.

Em 12 meses, a inadimplência caiu 0,1 ponto percentual. Os atrasos referentes a pessoas físicas registraram no mês passado queda de 0,1 ponto percentual, situando-se em 5,5%. A inadimplência das empresas foi de 2,2%, a mesma de dezembro.

Em 12 meses, a inadimplência das pessoas físicas recuou 0,4 ponto percentual e a das pessoas jurídicas aumentou 0,1 ponto.

A inadimplência do crédito livre foi de 5,6% em janeiro, mesmo percentual de dezembro. Nesse segmento, a taxa de atrasos das pessoas físicas caiu 0,1 ponto percentual, para 7,9%, enquanto a inadimplência das empresas ficou estável em 3,7%.

Novo relatório do Banco Central
O BC mudou a forma como divulga os dados sobre crédito, e passa a notificar informações mais abrangentes sobre taxas de juros, spreads, concessões, atrasos e inadimplência.

O novo relatório permitiu uma abertura dos dados da inadimplência do crédito total em pessoa física e jurídica. Também é a primeira vez que a autoridade monetária divulga o percentual de atrasos nos empréstimos e financiamentos com recursos de aplicação obrigatória pelos bancos, ainda que parte dele não seja concedida a taxas de juros reguladas.

Antes, o BC divulgava com mais detalhes somente a inadimplência do chamado "crédito referencial", um subconjunto que englobava todo o crédito livre menos operações de arrendamento mercantil e de crédito habitacional com taxas de mercado.

 

 

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