A negociação coletiva deste ano do setor do álcool/etanol foi positiva para os mais de 6 mil trabalhadores que pertencem à base do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação do Álcool, Químicas e Farmacêuticas de Rio Preto e Região (Sindalquim). Após muitos anos de luta, a diretoria da entidade conseguiu implantar o ticket alimentação na Usina Nardini, em Vista Alegre do Alto. Até o momento, a única empresa que não destina o beneficio para os seus trabalhadores é a Usina Vale, de Onda Verde. Nos últimos 10 dias, os diretores do Sindalquim realizaram assembleias, com votação em escrutínio secreto, em todas as empresas do setor e teve aprovada a proposta de 8% de reajuste salarial para a categoria. As propostas foram rejeitadas apenas em duas empresas, Moreno, de Monte Aprazível e Coplasa, de Planalto, ambas do Grupo Moreno. O Sindalquim aguarda nova proposta do Grupo até o dia 21/06/2013. Com o aumento salarial de 8%, o menor piso da categoria na região continua sendo o melhor do Brasil, agora no valor de R$ 1.040,68. O percentual aprovado em assembleia é retroativo a 1º de maio.
O presidente do Sindalquim, Almir Fagundes, falou sobre a campanha deste ano do setor do álcool/etanol. Segundo ele, houve avanço nas cláusulas econômicas. "Na nossa base, agora, a única empresa que não tem ticket é a Usina Vale, de Onda Verde. Muitas empresas deram aumento nos tickets de 8, 10%, outras deram abono salarial ou no ticket. E conseguimos que a Nardini acabasse implantando o benefício para os seus trabalhadores. É um ganho para os trabalhadores que sentem isso no bolso. Foi uma das mais desgastantes, cansativas, campanhas salariais. Após todo esse desgaste houve, sim, avanço nas cláusulas econômicas. Tudo isso só foi possível graças a mobilização e colaboração de todos os companheiros", afirmou Fagundes que agradeceu a participação dos diretores do Sindalquim na campanha e o apoio da Federação dos Químicos de São Paulo.