Foi realizada na última quarta-feira (23) a segunda rodada de negociação entre a bancada dos trabalhadores químicos, representada por dirigentes da Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo) e sindicatos filiados, entre eles, o Sindalquim, representado pelos diretores Nilson Fagundes, José Romanholo e o presidente Almir Fagundes, e a bancada patronal, representada pelo Grupo CEAG 10 da FIESP. O encontro, realizado na sede da Fequimfar, em São Paulo, foi interrompido após o grupo patronal se recusar, mais uma vez, a discutir as reivindicações da categoria química.
Os químicos do Estado de São Paulo, mais de 116 mil trabalhadores, ameaçam greve no setor. "Eles estavam irredutíveis, mais uma vez. Não fizeram nenhuma proposta. Vamos nos reunir mais uma vez com nossas bases e mobilizar os companheiros e companheiras", afirmou o presidente do Sindalquim, Almir Fagundes. A próxima mesa redonda de negociação está marcada para o dia 31 deste mês. "Esperamos que eles venham com proposta decente", afirma Fagundes.
Entre as principais reivindicações da categoria estão: piso salarial de R$1.300,00, piso para técnico químico no valor de R$1.800,00, reajuste salarial = 6% de aumento real + INPC/IBGE, PLR no valor de dois pisos.
Nos próximos dias, a Fequimfar e seus Sindicatos filiados estarão comunicando aos trabalhadores das indústrias químicas sobre o impasse nas negociações.
“Não tivemos avanços na mesa de negociação e lamentamos a intransigência patronal em não querer debater as reivindicações da categoria. Vamos manter a mobilização nas portas das empresas e se preciso, iremos paralisar algumas empresas para pressionar o setor patronal pelo aumento real dos salários”, declara Edson Dias Bicalho, secretário geral da Fequimfar e presidente do Sindicato dos Químicos de Bauru.
“Para o dia 31, esperamos uma proposta econômica que seja condizente com o cenário que as empresas estão vivendo: segmentos que foram beneficiados com isenções fiscais, redução da tarifa de energia e desoneração da folha de pagamento”, declara Sergio Luiz Leite, o Serginho, presidente da Fequimfar e 1° secretário da Força Sindical.