Após várias mobilizações, assembleias no Estado de São Paulo e várias rodadas de negociação, diretores da Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo) e de seus sindicatos filiados, entre eles, o Sindalquim (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação de Álcool, Químicas e Farmacêuticas de São José do Rio Preto e Região), assinaram, na manhã da última quarta-feira (13/11), em São Paulo, na sede da Fequimfar, a convenção coletiva de trabalho do setor industrial químico. A nova convenção beneficia mais de 116 mil trabalhadores do setor químico do Estado de São Paulo. Os trabalhadores químicos terão reajuste salarial de 7,5% (sendo 1,87% de aumento real). A data base da categoria é 1º de novembro.
O presidente do Sindalquim, Almir Fagundes, afirma que para os trabalhadores que recebem acima do teto (R$ 7.375,25), haverá o acréscimo de uma parcela de R$ 553,14 (reajuste de 7,5%, sendo 1,87% de aumento real). Para empresas com mais de 49 empregados, piso de R$ 1.160,00 (reajuste de 8%, sendo 2,35 % de aumento real) e PLR de R$ 930,00 (reajuste de 12,1% sendo 6,23% de aumento real). Já para empresas com até 49 empregados, com piso de R$ 1.136,00 (reajuste de 7,5% sendo 1,87% de aumento real) e PLR de R$ 850,00 (reajuste de 8% sendo 2,35% de aumento real).
Foram realizadas três rodadas de negociação com o setor patronal, representado pelo Grupo CEAG 10 da FIESP, sendo que nas duas primeiras não houve proposta patronal. A paciência de todos já estava chegando ao fim. Em todas as regiões do estado de São Paulo os trabalhadores estavam muito mobilizados até mesmo preparados para uma greve geral da categoria química. “Fizemos várias manifestações e paralisações nas portas das fábricas. Foi aí que eles perceberam e, finalmente, fizeram uma proposta decente de reajuste salarial. Este é o nosso dever e obrigação, de defender os trabalhadores da nossa base”, afirmou Fagundes.