A cidade de São José do Rio Preto/SP receberá mais uma vez o importante Seminário de Negociação Coletiva do Setor da Fabricação de Etanol, evento da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas do Estado de São Paulo, em parceria com os Sindicatos filiados. O Seminário será no dia 19 de março, data do aniversário da cidade, a partir das 9 horas, no Hotel Nacional Plaza Inn (rua Prof. Carlos Ibanhez, n° 35). Entre os assuntos abordados pelos participantes está a demissão de milhares de trabalhadores nos últimos anos.
No Seminário, em Rio Preto, os dirigentes sindicais debaterão sobre o setor e farão a pré-pauta da campanha salarial 2014/2015 dos mais de 40 mil trabalhadores que representam. O Sindalquim tem obtido nos últimos anos os melhores acordos do álcool do Estado, o que credencia a entidade da região a sediar o evento. “Nosso trabalho de base é muito forte. No nosso próximo encontro vamos discutir também na formação da pré-pauta a redução de jornada de trabalho e vamos em busca do aumento da PLR e do ticket alimentação”, afirma o presidente do Sindalquim, Almir Fagundes.
Os dirigentes estão preocupados com o fechamento de empresas do setor nos últimos anos. Em dezembro de 2013, segundo dados do CAGED, no Brasil, 45.683 trabalhadores do setor sucroalcooleiro foram demitidos, sendo 23.531 só no Estado de São Paulo. “Sem dúvida estamos preocupados. Apesar do governo fazer desonerações sem contrapartidas, falta política de médio a longo prazo para o setor. Em muitas regiões, os trabalhadores fazem greve por falta de pagamento, atraso de salário, PLR”, afirmou o presidente da Fequimfar, Sérgio Luiz Leite.
Fagundes fala que em alguns casos existe má gestão nas empresas. “O que precisa ser feito urgentemente pelo governo federal é a mesma política adotada para as montadoras, linha branca e outros setores da indústrias”. Na região de Rio Preto, duas empresas fecharam nos últimos anos, a CBAA, de Icém, acabando com mais de 500 empregos diretos, e a Agroindustrial Oeste Paulista, de Monte Aprazível, que fechou 900 postos de trabalho. Nos últimos anos, várias empresas do Estado de São Paulo também fecharam suas portas.