Os diretores do Sindalquim realizaram nos últimos dias assembleias em todas as usinas e destilarias da sua base territorial com carros de som, informando aos trabalhadores sobre a "migalha" de proposta do setor patronal, de 3,8% de reajuste salarial (que significa aproximadamente 0,66% da inflação). A reação dos trabalhadores perante a proposta da Campanha Salarial 2014/2015 foi de indignação e muito negativa. "Eles estão mobilizados e conscientes. Teve empresa que ficamos mais de 1 hora em assembleia, falando com os trabalhadores. Muitos já não queriam entrar para trabalhar", afirma o presidente do Sindalquim, Almir Fagundes. O Sindalquim mantém o seu pedido inicial de reajuste: inflação do período (INPC) + 5% de aumento real e piso de R$ 1.300,00.
Agora, a entidade está notificando novamente todas as empresas para negociar individualmente. "Estamos aguardando manifestação das empresas a respeito de uma nova proposta para o prosseguimento das negociações coletivas. Mas vamos esperar até o dia 16 de junho de 2014. Depois disso, vamos decretar estado de greve. E podemos notificar as empresas sobre possível paralisação dos trabalhadores a qualquer momento. Nosso desejo não é de paralisar, mas se for preciso vamos fazer". Fagundes afirma também que o Sindicato não negocia mais em conjunto. Só receberá proposta individual das empresas do setor sucroalcooleiro de sua base.