Após várias assembleias com carros de som, entrega de boletins informativos e muito trabalho, o Sindalquim conseguiu fechar com 14 empresas do setor sucroalcooleiro percentual de 7% de reajuste salarial na campanha 2014/2015 para os trabalhadores da sua base. A data base da categoria é 1º de maio. Ainda faltam duas empresas para fecharem o acordo, a Guarani, de Tanabi, e a Moema Bunge, da cidade de Orindiúva. Os 7% de aumento salarial significa um aumento real de 1,18%. Foi conquistado também reajuste de 7% no ticket. Desde abril que o Sindalquim mantém contato com as empresas do setor para negociar o aumento salarial para a categoria. Com esse reajuste, o piso da categoria, agora em R$ 1.113,20, continua sendo o melhor do Estado de São Paulo e do país.
Foram várias reuniões com representantes das usinas e destilarias e o maior percentual que o setor patronal ofereceu aos trabalhadores foi de reajuste de 3,8%. E ainda querendo limitar o teto salarial. A proposta foi rejeitada e tida como indecente pela diretoria do Sindalquim. "Depois de várias rodadas de negociação, fizemos assembleias nas empresas e mostramos o que os patrões estavam oferecendo. Nos mobilizamos e caso não houvesse melhora poderíamos paralisar as atividades das unidades. Foi aí que as empresas começaram a aumentar as propostas e chegamos nos 7%, que levamos em votação e foi aprovado pelos trabalhadores. Agradecemos todos as companheiras e companheiros da nossa base. Eles foram muito importantes na mobilização e conscientização. Sem eles não poderíamos avançar", afirmou o presidente do Sindalquim, Almir Fagundes.
As usinas e destilarias que já fecharam o acordo são: Alcoeste, Grupo Colombo, Itajobi, Malosso, Grupo Moreno, Grupo Nardini, Grupo Noble, Usina Vale Onda Verde, Grupo Ruette. Nessas unidades as propostas foram colocadas em votação de escrutínio secreto e aprovadas. Na Usina Guarani Tanabi, que ofereceu somente 5% de reajuste, após a realização de assembleia, os trabalhadores insatisfeitos, em torno de 94%, reprovaram a proposta. Isso mostra a grande insatisfação os trabalhadores. Na Moema não foi diferente. A proposta de 6% também foi reprovada pela maioria dos trabalhadores, cerca de 80%. Após as assembleias, as empresas estão em conversa bem adiantada com o Sindicato. Ficou agendada uma nova reunião com a Moema para o dia 7 de julho e com a Guarani para o dia 8, na sede do Sindicato. Não havendo uma contraproposta igual ou superior aos 7%, o sindicato vai notificar as empresas e instalar estado de paralisação.