Diretores do Sindalquim participam do 8º Congresso da Fequimfar

Os diretores João Pedro Alves Filho, Wagner Admilson Quedas, Ilson Aparecido Martins, Nilson Fagundes, Oscar Pereira da Silva, Cleber Antonio de Souza, Eurípedes Florêncio de Souza e Érico dos Santos Silva, do Sindalquim, participaram nesta terça-feira, dia 22, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do 8º Congresso da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (FEQUIMFAR), realizado em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Lula disse que a política no Brasil está "desmoralizada" e apodrecida" e defendeu a aprovação de uma ampla reforma política no país.

Segundo o ex-presidente, o combate à corrupção é um dos desafios do país. "A política está desmoralizada nesse país, está apodrecida. Precisamos de uma reforma política nesse país", afirmou ele. Durante a palestra com o tema "Os avanços e conquistas sociais e os novos desafios", Lula contou sua experiência de ficar um ano e meio desempregado na juventude e também ressaltou os avanços e conquistas sociais no Brasil nos últimos 12 anos. Dentre as melhorias, ele citou a educação, a habitação, o aumento da classe média e o salário mínimo.

"Nós provamos algumas coisas que eram históricos tabus no país. Nós provamos que era possível aumentar o salário mínimo sem aumentar a inflação. Nesses últimos 12 anos, me parece que quase 94% das categorias organizadas tiveram reajuste de salário. Nós aumentamos o salário mínimo em 72% neste país e não causou a inflação. Nós começamos a exportar e ao mesmo tempo crescer o mercado interno, e o país não quebrou", falou o ex-presidente.

Ele também ressaltou que 42 milhões de brasileiros passaram a ter padrão de consumo de classe média e 36 milhões de pessoas saíram da extrema miséria.

Lula disse que o momento é de reflexão já que a economia não está crescendo tanto. Para ele, o governo não tem culpa em relação à situação financeira brasileira. Segundo Lula, a crise mundial foi causada por "irresponsabilidade e falta de controle" do sistema financeiro de vários países.

"Aconteceu exatamente no coração dos países ricos, nos Estados Unidos, na Alemanha, na França. Os países que antes sabiam dar lição de moral na gente, e quando a crise veio na casa deles, eles até hoje não sabem como sair da crise. Eles poderiam ter humildade e vir perguntar para nós, nós os ensinamos como sair da crise”, disse o ex-presidente.

Além disso, Lula falou sobre como comandou o país durante oito anos e indicou que, para governar o Brasil, é preciso "agir como se fosse mãe".

"Para governar um país dessa magnitude tem que governar com o sentimento, com o coração. Tem que fazer escolhas todos os dias. Governar é agir como se fosse mãe. Ele tem que ser de todos, mas ele tem que olhar a parte mais necessitada", falou ele.

Após o discurso no evento, Lula disse também que não está preocupado com o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. E frisou que retrações são culpa da crise mundial.

"Nós temos dois problemas. Temos uma crise mundial que fez com que o comércio do mundo diminuísse e temos um problema de investimento interno que já foram anunciadas obras. Já tem bilhões de reais colocados para infraestrutura em licitações e essas obras estão sendo preparadas. […] Estou muito tranquilo em relação ao futuro do crescimento do Brasil”, disse ele.

 

 

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