Agência reduz à metade número de postos de gasolina monitorados

Os combustíveis vendidos nos postos de 19 Estados brasileiros e no Distrito Federal estão sem monitoramento de qualidade após contratos da ANP (Agência Nacional de Petróleo) com universidades brasileiras começarem a vencer em março deste ano.
 
O monitoramento dos postos serve de bússola para o trabalho de fiscalização da agência, que pode gerar multa e mesmo fechamento de postos.
Segundo o Boletim Mensal de Monitoramento de Combustíveis da ANP, somente 18.783 postos de gasolina foram monitorados em agosto, o que inclui os Estados de São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul, Goiás e Tocantins.
 
Isso significa que o número de postos monitorados foi 51% menor na comparação a dezembro do ano passado, quando os combustíveis de 38.318 postos foram acompanhados em 24 Estados e o Distrito Federal.
Segundo a ANP, o monitoramento deixou de ser feito porque alguns contratos terminaram sem a possibilidade de renovação automática.
 
A agência informou, por meio de nota, que está fazendo novas licitações para a escolha de laboratórios e que em 2016 o programa voltará a ser feito normalmente.
"Enquanto isso, reforçamos a fiscalização com a realização de mais de 60 forças tarefas este ano, além da fiscalização normal da ANP", disse a agência.
 
O menor acompanhamento ocorre num momento em que os preços da gasolina e do diesel foram reajustados em 6% e 4%, respectivamente, nas refinarias da Petrobras. Em São Paulo, isso significou um aumento de R$ 0,14 no litro da gasolina.

SEM DADOS
 
Acre e Rondônia já estavam "excepcionalmente", segundo a agência, sem monitoramento desde 2011.
Os demais Estados sem monitoramento são: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.
 
Em dezembro do ano passado 21 instituições e universidades estavam contratadas pela ANP.
Os problemas começaram em março, segundo os dados do boletim da ANP, quando começaram a vencer contratos. No total, são hoje 16 instituições a menos.
 

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