Terminou sem acordo a audiência de dissídio coletivo econômico, realizada no dia 19 de outubro de 2015, no TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO, EM CAMPINAS-SP, entre o Sindalquim (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação de Álcool, Químicas e Farmacêuticas de Rio Preto e Região) e a empresa Onda Verde Agromercial Ltda – Usina Vale-, de Onda Verde. A Vale foi a única empresa a não fechar o acordo coletivo de trabalho do setor do álcool/etanol 2015/2016 da base do Sindalquim. Na audiência, os representantes da empresa tiveram a coragem e ousadia de oferecer somente 5% de reajuste salarial. Ou seja, um índice bem inferior ao índice da inflação medida no período de maio/2014 à abril/2015, sendo estes 5% a partir de 1º de setembro de 2015 e não a partir de maio de 2015, data da data base da categoria. Pior ainda, achando que os trabalhadores não tem compromisso. Com isso, os trabalhadores perderiam quatro meses de aumento salarial. Ainda fizeram proposta de redução dos direitos dos trabalhadores, como: alteração da data-base para 1º de setembro, PLR sobre o lucro real da empresa, exclusão da cláusula do auxilio-creche e mudança do pagamento do salário, do 5º dia do mês para o 5º dia útil subsequente trabalhado. O Sindalquim manteve o pedido na pauta de reivindicação entregue a empresa, no mês de abril., que significa 8.34% de aumento, além de manter todas as cláusulas do acordo coletivo de trabalho em vigência.
Como não houve acordo, o DESEMBARGADOR DR. FLÁVIO ALLEGRETTI DE CAMPOS COOPER, que comandou a audiência, salientou ser “inadmissível” se falar em redução dos direitos e garantias dos trabalhadores. Foi designado o DESEMBARGADOR RELATOR DR. HÉLCIO DANTAS LOBO JÚNIOR para proceder o julgamento do processo. “Eles querem prejudicar mais uma vez os seus trabalhadores. Isso é um absurdo”, afirmou o presidente, Almir Fagundes que participou da audiência ao lado do diretor, Ilson Martins e das advogadas do Sindalquim, Luciana Ramos de Freitas e Rita de Cássia Santos. “Uma observação importante. Este dissidio coletivo econômico é somente para os trabalhadores, representados pelo Sindalquim de Rio Preto”, afirmou Fagundes.