Sindalquim rejeita proposta patronal do setor do álcool. Pode haver paralisação de empresas

Foi realizada na manhã desta sexta-feira (03/06/2016), na sede do Sindalquim,  mais uma rodada de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação de Álcool Químicas e Farmacêuticas de São José do Rio Preto – SP e Região – Sindalquim – e integrantes do setor patronal, que representam todas as usinas e destilarias da base da entidade. O setor patronal novamente teve a coragem e a audácia de oferecer o índice de reajuste salarial de 6,5 %, divididos em três parcelas, de 2,12%, para ser pagos nos meses de maio, agosto e novembro de 2016. A direção do Sindalquim de prontidão rejeitou a proposta indecente oferecida pelos representantes patronais. 

O presidente do Sindalquim, Almir Fagundes, afirmou na reunião que não negociará mais em conjunto com as empresas, mas sim separadamente, com cada empresa, e aguarda até o dia 10 de junho de 2016 uma nova proposta. Após essa data, o Sindalquim irá tomar medidas cabíveis.  “O Sindicato e os trabalhadores sentem-se humilhados com essa proposta. Já se passaram mais de dois meses de negociação. Precisam ter mais respeito e tratar os trabalhadores com dignidade”, afirmou Fagundes. A entidade irá entregar boletins aos trabalhadores informando-os sobre a negociação, em assembleias, com carros de som, que realizará em todas as usinas e destilarias da base. “Precisamos ficar unidos e mobilizados. As assembleias continuam e, se precisar, podemos paralisar atividades em empresas da região, sim. Não é o que queremos, mas vamos dialogar com os trabalhadores e se precisar vamos agir”.

Nas assembleias, o Sindalquim conta com o apoio da Fequimfar, da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores Químicos), da Força Sindical, sindicatos filiados e de sindicatos de outras categorias.  O presidente da Federação dos Químicos, Sérgio Luiz Leite, falou sobre a campanha salarial do setor do álcool. “Ainda vamos avançar bastante na negociação. Já temos o percentual do INPC em algumas regiões. Os sindicatos entenderam que é preciso mobilização dos trabalhadores e isso tem dado certo. O sentimento precisa entrar dentro das empresas, todos precisam entender que ou se tem uma boa negociação ou vamos brigar. E na região de Rio Preto, os companheiros do Sindalquim possuem um diferencial muito importante. O Almir não chama o trabalhador só em época de negociação, mas durante o ano todo. E isso ajuda muito no poder de mobilização e união”, afirmou o dirigente. 

O Sindalquim rejeitou a proposta de aumento salarial de 6,5% oferecido pelo setor patronal e mantém o seu pedido inicial, que é a Inflação (INPC do IBGE, de 9,83%, referente ao período de 1º de maio de 2015 até 30 de abril de 2016) + 2% de aumento real. A data-base é 1° de maio. 

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