Na última quarta-feira, o diretor do Sindálcool, Jorge dos Santos, participou de uma reunião no Ministério da Agricultura, em Brasília, onde o presente e o futuro do etanol dominaram a pauta de discussões. Com relação à atualidade, há uma preocupação muito grande dos estados produtores como São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso com os efeitos da estiagem, que foi observada em várias regiões. “Mesmo a nossa produção sendo infinitamente maior que a demanda local, é o mercado paulista que regula o etanol e qualquer problema por lá acaba por contaminar tudo e todos sofrem”.
Já com relação ao futuro desta matriz os números apontam para falta do combustível ainda nesta década. Até 2008, o segmento vinha crescendo anualmente entre 10% e 10,5%. Com a crise dos Estados Unidos os investimentos sumiram, as usinas adiaram os projetos e logo em seguida, houve uma recuperação do poder de compra da população e a expansão astronômica da frota. “Coisas que o setor produtivo não conseguiu acompanhar”.
Como destaca Santos, as usinas estão prontas para incrementar a moagem em até 150 milhões de toneladas, volume que cessaria a ociosidade das indústrias. “Tudo isso será empreendido sem qualquer novo investimento. Para 2020 é preciso expandir as plantas para que sejam moídas mais 450 milhões de toneladas. Vamos precisar de novas plantas. Se isso não ocorrer, vai faltar etanol no Brasil”, frisa.
Fonte: Udop, em 16/06/2011