Apesar da redução da moagem do Centro-Sul em quase 40 milhões de toneladas desde o início da safra comparada ao último ano, a produção de etanol anidro nos primeiros 15 dias de julho foi de 615,32 milhões de litros, com crescimento de 26,57% se comparado ao volume observado na safra 2010/2011 (486,14 milhões de litros). Os dados foram divulgados pela Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, na tarde de hoje (26/7).
No acumulado da safra, a região produziu 14,32% a mais até 16 de julho, totalizando 3,16 bilhões de litros contra 2,77 bilhões produzidos no mesmo período na última safra.
O volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do País somou 40,39 milhões de toneladas na primeira quinzena de julho, aumento de 2,34% em relação ao ano anterior. No acumulado desde o início da safra até 16 de julho, a moagem alcançou 217,40 milhões de toneladas, queda de 14,81% em relação as 255,19 milhões de toneladas registradas em igual período da safra passada.
"Apesar do menor volume de cana processado e da baixa concentração de sacarose na planta, a produção de anidro segue em forte expansão, e o crescimento médio da produção nas últimas cinco quinzenas supera 20%, o que reflete o total comprometimento do setor para atender o mercado doméstico do produto", afirma o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues.
Em contra partida, a produção de hidratado nos primeiros 15 dias de julho caiu 25,48%, totalizando 1,02 bilhão de litros, em comparação com 1,37 bilhão de litros verificados em igual período de 2010. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol hidratado atingiu 5,53 bilhões de litros.
A produção de açúcar somou 2,58 milhões de toneladas na primeira quinzena deste mês, praticamente igual ao período de 2010 (2,51 milhões de toneladas). No acumulado desde o início da safra 2011/2012, a produção de açúcar atingiu 11,93 milhões de toneladas, ou redução de 14,87% em relação à safra passada.
Para Padua a defasagem na produção de açúcar nesta safra supera 2 milhões de toneladas em relação ao último ano. "Dependendo da evolução da produtividade agrícola do canavial e da concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) na planta nas próximas quinzenas, é possível que não se recupere essa diferença na produção até o final do ano", explica.