Levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revelou que Rio Preto está entre os 50 municípios que mais geraram empregos com carteira profissional assinada no Brasil de janeiro a maio deste ano. Segundo dados do MTE, nos cinco primeiros meses deste ano, em Rio Preto foram admitidas 49.437 pessoas e demitidas 42.387, resultando um saldo de 3.467 empregos, o que corresponde a um aumento da oferta de vagas formais de 3,64% em relação ao mesmo período do ano passado. O município ficou na 49ª posição no ranking nacional. O município, que teve 22.623 contratações contra 19.156 demissões ficou em 17ª colocação entre os municípios paulistas classificados na listagem divulgada pelo MTE, à frente apenas de Araçatuba, que apresentou 3.408 admissões a mais que dispensas, resultado 10,17% superior ao registrado no mesmo período em 2007. Os setores que apresentaram melhor desempenho na economia do município foram o de serviços, com saldo de 1.221 posições de trabalho, indústria de transformação, com 807, construção civil, com 669, e comércio, com 563.
Prestação deserviços
De acordo com o diretor do Setor de Serviços da Associação Comercial e Industrial de Rio Preto (Acirp), Marcos Apóstolo, o saldo favorável é decorrente de uma tendência que o município vem esboçando há algum tempo de tornar-se uma centro prestador de serviços, em decorrência, inclusive, da localização geográfica e à existência de profissionais qualificados em suas áreas de atuação. “Prestação de serviços avançados de grande tecnologia como ocorre na área de medicina”, disse. Sobre o desempenho positivo do comércio, com saldo de 563 empregos formais, Apóstolo explicou que a contratação de mão-de-obra pelos estabelecimentos comerciais ocorre com maior intensidade no final de ano. “Em média, 30% dos temporários são contratados. Não tem contratação de temporários no Dia das Mães”.
Expansão no comércio
Para o diretor de Serviços da Acirp, as contratações no comércio são conseqüência da expansão de negócios com investimentos no setor. O diretor regional da Federação das Industrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Luiz Fernando Lucas, afirmou que o aumento na contratação de mão-de-obra também foi registrado pelo levantamento regional da entidade que acusou crescimento na geração de posições de trabalho entre 3% e 4%. Pesquisa do Caged informou a contratação de 4.420 pessoas no setor da indústria de transformação contra a demissão de 3.613 pessoas o que significa salto positivo de 807 empregos. Lucas afirmou que o setor continua gerando empregos, mas que o crescimento é menor. Ele atribuiu a queda no desempenho às questões cambiais, ingresso de produtos chineses, principalmente nos setores de confecção e alimentação no Brasil, e às dificuldades de exportar.
Últimos 12 meses
O levantamento do MTE mostra ainda que nos últimos 12 meses o saldo entre contratações e demissões com carteira assinada foi de 7.055 vagas. A indústria gerou um excedente de 1.708 vagas, o comércio de 2.313 vagas, o setor de serviços registrou saldo de 2.427 contratações formais. A construção civil também teve desempenho positivo no acumulado dos cinco meses de 2008 e nos últimos 12 meses. O saldo foi de 669 contratações em relação ao mesmo período do ano passado e 350 posições de trabalho nos últimos 12 meses.
Números regionais
Embora Rio Preto apresente o melhor saldo entre admissões e demissões no ano entre 33 municípios listados pelo Caged, no mês de maio, isoladamente, o maior saldo ficou por conta de Bebedouro, com 1.078 postos criados. Nos cinco primeiros meses do ano, no entanto, este município ainda amarga o saldo negativo de 1.847 vagas. No acumulado dos últimos 12 meses, o melhor resultado regional é de Rio Preto, com 7.055 colocações. No total, os municípios do Noroeste paulista alcançaram em maio a marca de 5.616 novos empregos. No ano, esse número é de 17.641 e. nos últimos 12 meses, 16.332 postos.
Trabalho formal cresce 15% no País
A criação de vagas de trabalho com carteira assinada de janeiro a maio bateu o recorde de 1.051.946, 15% maior do que o recorde anterior, em igual período de 2007, quando foram criados 913.836 postos de trabalho. Em maio, surgiram 202.984 vagas, uma desaceleração em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram criadas 212.217 cargos de emprego formal. Para o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, essa queda se deve a “um fator sazonal no setor sucroalcooleiro”. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, nos últimos 12 meses até maio, foram gerados 1.755.502 empregos formais. O resultado é superior ao verificado no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 1.374.179 novas vagas. Lupi preferiu enfatizar o resultado do Caged no acumulado de janeiro a maio de 2008, que já ultrapassou a marca de mais de um 1 milhão de novos empregos formais. “Tivemos um começo de ano muito forte na demanda interna”, avaliou.
O Ministério do Trabalho projeta a abertura de mais 1,8 milhão de postos em 2008. Em 2007, foram 1,617 milhão. O setor de serviços voltou a liderar, em maio, pelo quarto mês consecutivo, a geração de postos de trabalho com carteira assinada criados. Foram abertos 55.361 empregos no setor, quantidade bem acima da verificada em maio de 2007, quando foram criados 39.590 novos postos no mesmo segmento. A agricultura, porém, registrou em maio a maior taxa de crescimento, entre todos os setores, criando 47.107 novos postos de trabalho. O setor de construção civil deu ocupação formal a 28.670 pessoas. Já a indústria de transformação gerou, no mês passado, 36.701 novos empregos, com destaque para o segmento de produtos alimentícios, responsável pela criação de 11.103 postos de trabalho com carteira assinada. O comércio empregou formalmente mais 29.921 trabalhadores.
Fonte: Diário da Região, em 20/06/2008