As constantes críticas à produção de etanol de milho nos Estados Unidos e os problemas agrícolas provocados pelas enchentes no país têm sido alguns dos maiores desafios para os produtores americanos de biocombustíveis.
Devido a estes problemas, o representante-chefe da UNICA na América do Norte, Joel Velasco, sugeriu como alternativa aos americanos a utilização do etanol brasileiro, cuja sustentabilidade tem sido comprovada internacionalmente.
Na maior conferência de etanol do mundo, a International Fuel Ethanol Workshop & Expo (FEW), em Nashville, Tennessee (EUA), Velasco argumentou que em um momento em que as críticas contra biocombustíveis estão em alta e que as enchentes desastrosas põem em risco uma parte da produção de milho dos EUA, a expansão sustentável da cana-de-açúcar no Brasil já é fato hoje”.
“Lembrei também que segurança energética não quer dizer viver em uma ilha isolada do mundo e, sim, diversificação para complementar a produção doméstica, disse Velasco.
O executivo da UNICA falou sobre a produção de etanol no Brasil e do papel histórico do combustível como uma alternativa brasileira à gasolina desde os anos 1970, quando foi lançado o Proálcool. Também abordou o efeito positivo do etanol de cana-de-açúcar na redução dos gases de efeito estufa, especialmente quando comparado à gasolina ou mesmo ao etanol de beterraba e de milho.
Cerca de 3 mil pessoas participaram do evento, a maioria produtores de etanol. Entre os palestrantes estavam Bob Dinneen, presidente da Renewable Fuels Association (RFA), e Robert Zubrin, autor do livro Energy Victory.
O evento, organizado pela BBI International, empresa que se dedica à promoção da indústria de biocombustíveis no mundo, está em sua 24ª edição e reúne diversas companhias mundiais, com espaço para a exibição seus produtos e serviços, entre os dias 16 e 19 de junho.
Fonte: Unica, em 17/06/2008