O Sindicato Nacional de Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom) prevê que o consumo de combustíveis este ano cresça de um a dois pontos porcentuais acima do PIB em 2011. "Isso deve ficar no máximo na casa dos 6%", disse Alísio Vaz, presidente do sindicato. A gasolina é o carro chefe, puxando o consumo em 18%, seguida do querosene de aviação, próximo deste porcentual. Vaz não detalhou os números, mas lembrou que houve queda significativa no volume consumido de álcool, em torno de 20%.
Segundo ele, o atual cenário de falta de etanol e preços altos deve perdurar até 2013. "Isso com otimismo, já que poucas plantas estão sendo anunciadas e pouca cana está sendo plantada em relação à demanda em alta", comentou.
Ele acredita que nos próximos meses o governo deverá sinalizar com incentivos tanto de crédito ao produtor quanto de redução de tributos sobre o combustível. "Esta será a única forma de tentar conter a queda no consumo", comentou, lembrando que apenas dois estados (MT e GO) ainda possuem paridade para compra do álcool.
Em Minas Gerais já foi anunciada a redução do ICMS, de 22% para 19%, destacou. "Há uma tendência de que o consumo fique concentrado apenas nas regiões produtoras", afirmou, lembrando que as distribuidoras amargaram fortes prejuízos por fazerem seus estoques com preços elevados antes da demanda despencar. "Houve um movimento brusco de migração da demanda do etanol para a gasolina em questão de semanas. E aí não tem como fazer com aquele estoque", disse. (Kelly Lima)