Apesar dos avanços do programa brasileiro de redução do consumo de energia de eletrodomésticos, especialistas apontam que outros países, como Japão e EUA, estão muito à frente do Brasil.
O governo japonês realiza uma competição entre os fabricantes. Apenas o produto campeão de economia recebe o selo equivalente à classificação A no Brasil.
O Estado da Califórnia, nos EUA, onde os governos estaduais deliberam sobre essas regras, é considerado referência na fabricação de eletrodomésticos econômicos.
"Muitos países têm perseguido essas metas de consumo de forma mais agressiva do que o Brasil", diz Gilberto Jannuzzi, especialista em economia de energia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
"Aqui há uma distorção, em que um percentual muito grande de aparelhos é classificado como A." Segundo ele, muitos fabricantes exportam para outros países eletrodomésticos que são mais econômicos que os vendidos no mercado interno.
Apesar disso, Jannuzzi diz não ter dúvidas sobre o mérito do Programa Brasileiro de Etiquetagem, que foi iniciado pelo instituto em 1984.
Além da etiqueta, os mais eficientes em cada categoria são premiados com os selos Procel e Conpet, concedidos, respectivamente, pela Eletrobras e pela Petrobras.