A Argentina vai mais que dobrar a produção de etanol de milho para uso no mercado interno de combustíveis nos próximos dois anos. Em parceria, a americana Bunge e a empresa local Aceitera General Deheza (AGD) prometem investir US$ 200 milhões para produzir 140 mil m3 do produto por ano.
O projeto prevê a construção de uma planta na Província de Córdoba, que será gerida por uma subsidiária conjunta, a Promaiz. Segundo informou a agência governamental argentina Telam, a produção nacional de etanol de milho foi de 122 mil m3 em 2010. O investimento foi anunciado na terça-feira em audiência com a presidente argentina Cristina Kirchner, em Buenos Aires.
A AGD é a maior indústria oleaginosa de capital integralmente argentino e pertence à família Urquía. Não atua, contudo, no mercado de milho: seu foco até o momento era o da industrialização de óleo de soja e de amendoim. Este ano, segundo divulgou em sua página na internet, deverá faturar US$ 250 milhões com exportações.
A subsidiária argentina da Bunge obteve no ano passado receita de US$ 2,7 bilhões, cerca de 7% do total mundial do grupo. As empresas já são sócias na Argentina em uma usina de biodiesel de soja e em um terminal marítimo. A Bunge realizou recentemente grandes investimentos na produção de etanol de cana no Brasil, onde conta atualmente com oito usinas.
A Argentina é o segundo maior país exportador de milho do mundo, atrás dos EUA, com a venda estimada para esta safra de 15 milhões de toneladas.