Enquanto o álcool ficou mais barato nas usinas nesta semana, o preço do combustível disparou nas bombas dos postos de Rio Preto, com reflexos no valor da gasolina. Foram dois reajustes consecutivos apenas nesta semana. Somados, chegam a quase 30%. Na segunda-feira, dia 30, o preço mais praticado do álcool nos postos da cidade era R$ 1,090. Anteriormente, o valor era de R$ 0,999 ( alta de 9%). Ontem, o preço mais praticado era R$ 1,229 que, em relação a R$ 1,090, representa aumento de 19%. Quem busca economizar alguns centavos, deve pesquisar. Rio Preto, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sincopetro), tem 110 revendedores, dos quais 55 são associados. É possível encontrar o litro do álcool por R$ 1,269, R$ 1,279, R$ 1,289 e pelo preço máximo de R$ 1,390.
Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que, entre 22 e 28 de junho, em 32 postos pesquisados, o preço médio do litro do produto era R$ 1,015. O preço médio da gasolina, segundo a pesquisa da ANP no mesmo período, era de R$ 2,366. O valor mínimo era R$ 2,290 e o máximo, R$ 2,489. Em 20 postos pesquisados pelo Diário, ontem, o preço variava até quatro centavos, partindo de R$ 2,459 a R$ 2,499. Segundo Roberto Uehara, presidente do Sincopetro, o aumento do álcool é reflexo do aumento do preço nas usinas produtoras. O preço da gasolina, conseqüentemente, sobe em função da adição de 25% de álcool. “As usinas estão reajustando os preços quase que diariamente e os postos não têm como assimilar as altas”, afirma.
Usinas
O indicador Cepea/Esalq, divulgado ontem, reverte a tendência de alta observada na semana entre os dias 23 e 27, quando o preço médio do litro do álcool hidratado era R$ 0,7231, alta de 6,76% em relação à semana anterior. Já o valor do anidro era R$ 0,8207, alta de 6,51% em relação à semana anterior. Nos dados relativos aos dias 30 de junho e 4 de julho, o preço médio do álcool anidro foi R$ 0,8147, baixa de 0,74% em relação à semana anterior. O preço médio do hidratado ficou em R$ 0,7138, recuo de 1,29%. Para Sérgio Prado, representante da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), em Ribeirão Preto, o que explica o patamar elevado é o equilíbrio entre oferta e demanda. “O mercado consumidor está aquecido e o valor do álcool estava depreciado”.
Fonte: Diário da Região, em 05/07/2008