Unica cobra política para que etanol seja competitivo

O presidente da União da Indústria da Cana de Açúcar (Unica), Marcos Jank, voltou a cobrar a implantação de políticas públicas para o setor sucroalcooleiro que permitam ao etanol recuperar competitividade em comparação à gasolina. Jank afirmou que as alíquotas incidentes sobre a gasolina recuraram de 47% para 35%, aproximando-se do percentual de 31% que incide sobre o etanol. "O etanol é 30% menos energético que a gasolina. Por quilômetro, o etanol está custando mais caro que a gasolina".

 

Jank afirmou que o Brasil anda no sentido contrário ao que está sendo feito no mundo e lembrou que nos últimos seis anos o preço da gasolina no Brasil é administrado pelo governo federal com a redução de alíquotas. Um exemplo disso é a Contribuição de Intervenção de Dominio Econômico (Cide), que respondia por 14% do preço do combustível na bomba e, agora, responde por 2,7%."A Cide devia ser um imposto ambiental".

 

Ele também cobrou a redução de alíquotas dos governos estaduais como ocorre em São Paulo, cujo percentual é de 12%, para os combustíveis renováveis. Jank solicitou linhas de crédito para plantio de cana, renovação de canaviais e estocagem da produção de etanol e afirmou que nos últimos dois anos a fabricação e exportação de açúcar manteve o setor sucroalcooleiro. O País responde por 50% do mercado mundial.

 

Jank disse que para manter essa participação no mercado mundial, o Brasil terá que ampliar a produção de cana de 555 milhões de toneladas atuais para 1,2 bilhão de toneladas em 2020, atingindo uma produção de 51 milhões de toneladas de açúcar. Do total, 450 milhões de toneladas deverão ser destinadas à produção de 65 bilhões de litros de etanol para poder atender a frota doméstica flexfuell e exportar 13 bilhões de litros.

 

De acordo com a Unica, até o final de novembro, a moagem de cana-de-açúcar pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do País atingiu 488,46 milhões de toneladas, queda de 10,23% em relação ao volume processado no mesmo período do ano anterior, que foi de 544,12 milhões de toneladas. Na segunda quinzena de novembro, a moagem totalizou 9,11 milhões de toneladas, com queda superior a 50% em relação ao volume processado em igual período da safra 2010/2011.

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