Dados preliminares do Lupa (Levantamento das Unidades de Produção Agropecuária), espécie de censo do campo, apontam o crescimento da cana em relação a outras culturas na região de Rio Preto. O levantamento, feito a cada dez anos pela Cati (Coordernadoria de Assistência Técnica Integral), visa traçar perfil da agropecuária paulista.
O assistente de socioeconomia do EDR (Escritório de Desenvolvimento Regional), José de Oliveira Melo Filho, informa que a área de canavial corresponde a 7% da produção estadual. “É a atividade que mais absorve terra. A cana tomou áreas de pastagem, milho, laranja, feijão, arroz e café.”
Depois da cana, o que mais foi plantado na região foi o eucalipto, com 11,27% da área. Houve ainda retomada no milho e na laranja, devido à alta de preços.
O assistente do EDR destaca que, com o preço dos alimentos em alta, produtores deverão investir no futuro na produção de grãos, principalmente de milho.
“Acredito que muitos produtores não renovarão contratos de arrendamento com usinas. A cana continuará sendo uma cultura forte, mas não tanto como anos atrás”, diz.
Há investimentos expressivos também em laranja e seringueira. “Todos os municípios que compõem a EDR de Rio Preto plantam seringueira. É uma atividade atrativa, mas que empata com a cana em termos de rentabilidade apenas no seu 17º ano de vida”, sinaliza.
Fonte: Bom Dia Rio Preto, em 28/07/2008