Há dois anos, o Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria da Agricultura de São Paulo, acompanha o avanço do plantio de eucalipto em pequenas e médias propriedades do interior do Estado. A silvicultura tornou-se uma alternativa rentável em áreas montanhosas, de baixa fertilidade por conta de pastagens degradadas e, por isso, menos disputadas pela agricultura tradicional.
De acordo com Eduardo Pires Castanho Filho, pesquisador do instituto, 20% dos 989 mil hectares com eucaliptos contabilizados em 2010 são produzidos por pequenos e médios agricultores – cerca de 44 mil no total.
Eles alcançam uma rentabilidade anual calculada em R$ 750 a R$ 800 por hectare, superior à pecuária e semelhante ao plantio de cana-de-açúcar. A maior parte das colheitas é vendida para empresas de papel e celulose, cujas terras próprias precisam ser planas para permitir a mecanização, principalmente da colheita.
As indústrias do setor compram em torno de 29 milhões de m3 dos 45 milhões produzidos no Estado. No país, os cultivos com eucalipto abrangem quase 4,8 milhões de hectares, sendo que 55,8% estão concentrados na região Sudeste, conforme dados da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf).