O 3º Seminário de Saúde do Trabalhador, realizado no Hotel Nacional pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação de Álcool, Químicas e Farmacêuticas de Rio Preto e Região (SINDALQUIM), atraiu mais de 100 participantes, nos dias 20 e 21 de março de 2.012, em Rio Preto, mostrando que a cada ano o número de participantes tem aumentado. Organizado em parceria com o departamento de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (FEQUIMFAR), o seminário cumpriu o seu objetivo de conscientizar os participantes sobre os acidentes e doenças decorrentes do trabalho
A cada ano milhões de trabalhadores se acidentam em todo o mundo e outras centenas de milhares morrem no exercício do trabalho. No Brasil, as estatísticas oficiais da Previdência Social mostram que em 2010 foram registrados 701.496 mil casos de acidentes do trabalho, com 2.712 mortes e 12.071 casos de trabalhadores que sofreram incapacidade permanente. Os números são de trabalhadores com registro em carteira. Segundo dados do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador da Prefeitura de Rio Preto, na cidade, por mês, se acidentam cerca de 30 trabalhadores. O número é elevado segundo especialistas.
O presidente do Sindalquim, Almir Aparecido Fagundes, afirmou que a entidade atua no sentido de solicitar fiscalizações a fim de verificar se as empresas pertencentes à sua base territorial estão seguindo as normas e a legislação vigente. "Muitas vezes, os trabalhadores recebem os equipamentos, mas não são orientados sobre como usá-los. Isso é um grande problema. O seminário é uma das maneiras das informações serem transmitidas e repassadas aos trabalhadores", afirmou Fagundes, durante entrevista nesta terça.
João Donizete Scaboli, diretor do departamento de Saúde do Trabalhador da Fequimfar, falou da importância das empresas cumprirem suas obrigações. "Hoje, as empresas até para conseguirem a certificação de ISO precisam investir na segurança do trabalhador. A saúde do trabalhador precisa ser zelada sempre", afirmou Scaboli.