Desde o dia 4 de abril, 90% dos supermercados do Estado de São Paulo deixaram de distribuir 490 milhões de sacolas descartáveis, de acordo com levantamento da Associação Paulista de Supermercados (Apas). Segundo a entidade, foi alcançada uma redução de 90% das sacolas em relação a igual período do ano passado.
Conforme a assessoria de imprensa da associação, a previsão é que o setor cresça 4,5% acima da inflação em 2012. O presidente da Apas, João Galassi, afirmou que empresas grandes, médias e pequenas de todo o estado aderiram à campanha que trata de um movimento global em torno da sustentabilidade.
De acordo com a Apas, como parte da campanha de conscientização, os consumidores ganharam, no dia 15 de março, 5,2 milhões de sacolas reutilizáveis distribuídas pelos supermercados. Caso as sacolas estiverem danificadas, elas poderão ser trocadas por outra até 15 de setembro. A distribuição de sacolas será repetida em 2013, diz a associação.
Polêmica
O acordo que pôs fim à distribuição de sacolas plásticas nos supermercados a desde 4 de abril obedece ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela Apas, Ministério Público e Procon. A medida envolve todos os estabelecimentos filiados à associação. O fim das sacolinhas nos supermercados está em linha com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que entre em vigor em 2014.
Segundo a Apas, o custo da sacolinha que era repassado ao consumidor no preço dos produtos era irrisório – 0,2% do faturamento – e deve ser eliminado pela concorrência entre os estabelecimentos de comércio. Como alternativas à sacolinha, os estabelecimentos estudam ainda ações promocionais para doação de sacolinhas em datas estratégicas, como Páscoa e Dia das Mães.