Nossa participação nos comitês gestores já pode ser considerada como uma realidade. Questões como rotatividade de mão de obra, qualificação e requalificação profissional dos trabalhadores, saúde e segurança, geração e manutenção de empregos, organização sindical no local de trabalho, entre outros temas, estão inseridas nesse processo.
As discussões no conselho demonstram a importância de todas as questões abordadas. Sendo assim, devemos destacar que muitas das metas apontadas ainda não estão desenvolvidas. E nesse sentido, objetivamos atualizar e explorar temas referentes, por exemplo, ao eixo de importação e exportação, como também devemos nos atentar para a discussão sobre o conteúdo nacional e da defesa da indústria, no qual nossa Federação já exerce um amplo trabalho.
Lembramos que a instalação dos conselhos de competitividade consegue atender a uma importante parcela de nossas maiores preocupações frente às constantes ameaças ao nosso setor produtivo, junto a sobrevivência da indústria nacional e aos postos de trabalho.
Almejamos a competitividade de nossos bens manufaturados, sabemos da importância da manutenção de custos, mas a garantia do emprego, junto a inclusão social de milhões de brasileiros, está em primeiro lugar, no ranking maior de nossas preocupações.
Sabemos que a melhor saída para a atual crise, que foi gerada nos países desenvolvidos, não é a recessão e nem a precarização dos direitos trabalhistas.
O investimento no crescimento da economia estimula diretamente o próprio desenvolvimento da nação. Se hoje temos um mercado interno sólido, temos consciência de que, somente através de sua manutenção e ampliação, conseguiremos dar continuidade a todo esse processo de crescimento.
Fatores como acesso à educação, suporte a pesquisas e investimento tecnológicos estão ligados diretamente ao desenvolvimento nacional.
Nossas expectativas estão voltadas para um respaldo maior de nossos governantes junto à manutenção destas Câmaras de Competitividade.
Agora, não podemos deixar de fazer um acompanhamento de todo esse processo referente à desoneração da folha de pagamentos, seja em relação a um maior incentivo a uma política tributária justa e compatível, como também através de uma avaliação constante e criteriosa, em relação aos direitos a estrutura do próprio INSS, principalmente em relação á segurança dos aposentados e pensionistas, junto a todos os seus direitos, duramente conquistados e estabelecidos pela Constituição.
Lembramos que o movimento sindical continua mobilizado, dando sequência a uma série de campanhas e manifestações, em conjunto com o empresariado e toda sociedade civil. E sendo assim, alguns resultados começam a aparecer, pois, os juros diminuíram um pouco, e que também, estão chegando ao nosso conhecimento, determinadas notícias de que os spreads bancários começam a cair. Mas ainda precisamos ampliar a taxa de investimentos e incentivos a toda cadeia produtiva.
Pena que em todo esse contexto, o governo perdeu uma grande oportunidade de estender toda essa série de medidas de incentivo e redução de taxas, tomadas em benefício de determinados segmentos da indústria brasileira, para os demais setores, que também estão inseridos em todo esse processo produtivo, como os segmentos de fabricação do etanol, remédios e de produtos químicos, além de medidas concretas frente a isenção do IRPF nas PLRs e nos abonos dos trabalhadores, como também frente ao fim do fator previdenciário, infortúnio mor que prejudica milhões de brasileiros.
Nossa luta continua, por isso, mais uma vez reiteramos nosso compromisso com o desenvolvimento da Nação, junto à defesa do emprego e da indústria nacional, junto ao crescimento econômico e social, em benefício de toda a sociedade.
Sergio Luiz Leite,
presidente da FEQUIMFAR e 1º secretário da Força Sindical