Abastecer o veículo com álcool combustível ficou mais vantajoso na cidade de São Paulo, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A relação entre os preços do etanol e da gasolina diminuiu da primeira para a segunda semana de maio – de 69,90% para 68,92%. Há um ano, em igual semana de 2011, essa equivalência estava em 69,69%, ligeiramente acima do resultado divulgado nesta quinta-feira.
O economista e coordenador do indicador, Rafael Costa Lima, disse que a desaceleração da taxa reflete a entrada da nova colheita de cana-de-açúcar. Mas, segundo ele, a equivalência favorável ao consumidor entre os dois combustíveis pode ser temporária. "Já que a safra deve ser menor que a esperada para este ano", justificou.
O uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina. Entre 70% e 70,50%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.
Dentro do IPC-Fipe, que leva em conta os dados no período quadrissemanal, os preços do etanol e da gasolina cederam 0,70% e 0,38%, respectivamente, na segunda leitura do mês. "No médio prazo, os preços não devem sofrer tanta alteração", avaliou Costa Lima.