A decisão já tem autorização do Palácio do Planalto, mas falta definir o valor, que deve ser de 10%, mesmo reajuste de outubro de 2011. Essa deve ser a alta da gasolina na refinaria, que processa o petróleo para ser vendido aos distribuidores e, depois, aos postos. A expectativa é que comece a valer imediatamente, mas que não seja todo repassado aos consumidores.
A ala política do governo defende, porém, adiar o reajuste para depois das eleições municipais, diante do receio de impacto negativo aos candidatos da base aliada.
O Planalto ficou de dar uma resposta após a Rio+20.
A promessa do reajuste foi repassada à presidente da Petrobras, Graça Foster, antes da aprovação do plano de investimentos da estatal, de US$ 236,5 bilhões até 2016.
Graça já havia avisado Dilma que o congelamento de preço dos combustíveis estava comprometendo os investimentos da Petrobras.
O Conselho de Administração aprovou, na semana passada, um aumento pequeno nos investimentos. No plano, a estatal embutiu reajuste de 15% nos combustíveis.
Técnicos não acreditam, porém, que o governo vá autorizar esse índice. O mais provável é 10%. Oficialmente, o governo não confirma a decisão.
Para evitar que o aumento seja repassado ao cliente, o governo pode, novamente, reduzir o percentual da Cide (contribuição destinada a regular o preço dos combustíveis), cobrada na gasolina e no diesel. Hoje, para reajustar a gasolina em 8% sem repassá-lo ao consumidor, o governo teria de zerar a cobrança da Cide.