Os futuros do açúcar subiram ontem na Bolsa de Nova York, sustentados pelo reajuste do preço da gasolina no Brasil. Com o combustível mais caro, espera-se que a demanda por etanol aumente, fazendo com que as usinas produzam mais etanol e menos açúcar. O avanço reverte as perdas da sessão de terça-feira, quando as cotações caíram em razão do amplo excedente global. O vencimento março, o mais negociado atualmente, subiu 1,80% e terminou em 18,71 centavos de dólar por libra-peso.
Analistas e representantes do setor sucroalcooleiro ponderam, contudo, que esse reajuste já era esperado pelo mercado e que não necessariamente será refletido em aumento consistente da demanda por etanol, que segue com preços defasados. O suporte gerado pela gasolina, dizem, deve durar pouco tempo.
Também em NY, os preços do suco de laranja subiram mais de 4% com a preocupação de que o clima frio prejudique as plantações de citros na Flórida. Boletins meteorológicos indicam geadas para a região. O algodão também subiu, com a expectativa de fortalecimento da demanda chinesa. Já os vencimentos março de café e cacau caíram 1,40% e 0,73%, respectivamente.
Na Bolsa de Chicago, os futuros de soja e milho novamente foram impulsionados pelo tempo quente e seco nas regiões produtoras da Argentina. O contrato março da oleaginosa ganhou 1,86% e o do cereal, 1,47%. O trigo acompanhou esse desempenho e também fechou em alta superior a 1%, recuperando-se da queda registrada na sessão anterior.