O assunto é unânime entre dirigentes sindicais. O ex-presidente Lula conversava mais com as centrais e sindicatos do pais, diferente da sua sucessora, presidente Dilma Rousseff. Uma dessas afirmações vem de Miguel Torres, presidente nacional da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que abordou o assunto na manhã desta quarta-feira (11), em Assembleia do Conselho Consultivo que reuniu os 33 presidentes de sindicatos filiados a Federação dos Químicos do Estado de São Paulo, a Fequimfar, na cidade de Salto. “Falta diálogo, falta conversa. Se não conversa com os representantes dos trabalhadores como vai saber dos problemas, das necessidades das classes”, afirmou o dirigente que assumiu o comando da Força no lugar do deputado Paulinho, licenciado. A Fequimfar e seus sindicatos filiados representam mais de 170 mil trabalhadores.
O presidente estadual da Força, Danilo Pereira, membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, fez uma comparação. “Com o Lula tínhamos cinco ou mais encontros por ano. Esse ano nos encontramos uma única vez com a presidente. Isso acaba gerando desconfiança em todos”.
No encontro de Salto, os dirigentes fizeram uma avaliação do ano e planejamento para 2014. “Nossa briga é sempre avançar. Vamos continuar com a nossa pauta de reivindicações. Fim do fator previdenciário, valorização do salário dos aposentados, 40 horas semanais de trabalho”, disse o presidente da Fequimfar, Sergio Luiz Leite.
Danilo Pereira, ex-presidente da Fequimfar e atual dirigente da Força, tem muito trabalho pela frente. Em 2014, vai inaugurar vários escritórios regionais da entidade com o objetivo de descentralizar as ações da central e ficar mais próxima dos trabalhadores. “Somos a central que mais tem sindicatos filiados no Estado de São Paulo, mais de 600, e queremos continuar assim. Esse é um dos objetivos da criação dos escritórios regionais”. Um dos escritórios será na cidade de São José do Rio Preto.
O presidente do Sindalquim, Almir Fagundes, da região de Rio Preto, que participou do encontro em Salto, aprovou a criação dos escritórios regionais da Força. “Como filiado é um ganho. Aqui, ao nosso lado, vão sentir mais as necessidades, a realidade da localidade”.